sexta-feira, 30 de julho de 2010

De Girassol à Cacto....

Um girassol sem sol,
Um navio sem direção...

Auto-retrato.

Perdida?

Perdida?
Se buscar uma coisa que você não sabe por que caminho percorrer é ser chamada de perdida, não tem problema. Pode chamar-me do que quiser. Sei que me encontrei, e, através desse meu encontro, busco o que me busca. Se preciso andar perdida por um tempo, não tem problema, porque isso também é encontro.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Minha paz, não tem preço...

"A paz vem de dentro de você mesmo. Não a procure à sua volta".
- Buda -

Saber encontrá-la é ainda mais gratificante. Quando você consegue agarrar sua paz, nada faz com que você queira soltá-la.

Hoje estou agarrada a minha... sinto como se estivesse enrolada no meu edredom favorito... tá frio lá fora, aquela preguicinha gostosa de ficar ali me toma, ficar agarradinha àquela coisa morna e confortável, que é simples, mas me faz sentir bem. Não há nada que pague essa sensação de conforto, de serenidade.

"Não me roube a solidão, se não for para me fazer verdadeira companhia". -Nietzsche-

segunda-feira, 26 de julho de 2010

O essencial...



Muitas pessoas passam a vida inteira em busca da felicidade sem saber que elas já a possuem. Sempre buscam mais, sempre querem mais e não conseguem enxergar que já têm o essencial.

O essencial de uma pessoa, pode não ser o essencial para outra... para algumas o sucesso profissional é o mais importante, para outras uma família unida e feliz. Mas existem aquelas que o essencial é, apenas, um dia belo e ensolarado.

O essencial para mim, hoje, é ser resolvida comigo mesma e viver um romance a um. Pois assim, eu consigo exteriorizar todos esses sentimentos, que me trazem uma família linda e amigos fantásticos.

Hoje, sei, que o que ainda não possuo, é pelo simples motivo de, talvez, não entender e poder zelar da forma correta. Não saber proteger do vento e das ervas daninhas.

Por isso, acredito que estou no deserto, para que eu reconheça, em mim mesma, o que é o essencial. E já sei a admirar a sua paisagem, porque também aprendi que "o belo do deserto, é que ele esconde um poço em algum lugar".

sábado, 24 de julho de 2010

Onde estão as borboletas?

Cuido bem do meu jardim. Não me refiro às borboletas que o visitam, pois tenho várias delas...

Mas sinto falta de outras borboletas, aquelas que crescem no estômago.

Essas aí morreram. Não sinto suas asinhas baterem.

Até agora, só mariposas.

Espero que eu não me torne uma pessoa insensível.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Think, Believe, Dream & Dare.

(Desculpem, mas este post PRECISA ser em inglês...)

An eight-year-old boy approached an old man in front of a wishing well, looked up into his eyes, and said:
- I understand you're a very wise man. I'd like to know the secret of life.

The old man looked down at the youngster and replied:
- I've thought a lot in my lifetime, and the secret can be summed up in four words.
The first is think. Think about the values you wish to live your life by.
The second is believe. Believe in yourself based on the thinking you've done about the values you're going to live your life by.
The third is dream. Dream about the things that can be, based on your belief in yourself and the values you're going to live by.
The last is dare. Dare to make your dreams become reality, based on your belief in yourself and your values.

And with that, Walter E. Disney said to the little boy,
Think, Believe, Dream and Dare.


segunda-feira, 19 de julho de 2010

Om Namah Shivaya*

*Eu honro a divindade que resite em mim.

"Quando comecei a aprender italiano, senti um vislumbre de felicidade, e, quando você sente um tênue potencial de felicidade depois de épocas tão sombrias, precisa agarrar essa felicidade com todas as suas forças, e não soltá-la até ela arrastar você para fora da lama - não se trata de egoísmo e sim libertação."
(Livro: Comer, Rezar, Amar - págs. 123, 124)

Me agarrando em pequenos vislumbres de felicidade.


sexta-feira, 16 de julho de 2010

Possibilidades

Quando, na vida, uma porta se fecha para nós, há sempre outra que nos abre.
Em geral, porém, olhamos com tanto pesar e ressentimento para a porta fechada,
que não nos apercebemos da outra que se abriu.

O. S. Marden

terça-feira, 13 de julho de 2010

Os pés cansados...

Andando, numa jornada, como uma peregrinação. Buscando alguma coisa, que ainda não sei o que é. Sinto muitas vezes dores nas costas, na cabeça, mas principalmente nos pés. Muitas vezes quero parar, simplesmente desistir, deixar pra lá. O que tem lá no fim, às vezes não importa mais.

Me sinto fadigada, cansada, com sede. Vejo aquele deserto na minha frente que não tem fim, não tem um sinal de vida, uma gota de água... às vezes vejo paisagens deslumbrantes, mas totalmente fora do meu alcance, não me pertencem, me parece que terei que andar sempre pelo deserto, pelas pedras, machucando meus pés.

E quando estou no auge da fadiga, aparece alguém, com um jarro de água e uma cama quente para descansar por uma noite e por um instante esqueço que tenho um longo caminho a percorrer. Mas repouso a minha alma, o meu espírito e meu corpo.

A renovação das esperanças, me fazem mais forte para continuar minha caminhada. Aí me lembro que, apesar de parecer, não estou sozinha, tenho anjos ao meu redor, de diversos tipos, enviados para que não me deixem desanimar e para que me lembrem que isso um dia vai passar e que meu esforço valerá.

"Não há caminho para a felicidade, a felicidade é o Caminho"
- Gandhi -

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Feliz?

Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz.

Chalie Chaplin

domingo, 11 de julho de 2010

Não dá pra compreender o incompreensível...

Não dá pra saber, não consigo entender. Tem dias que eu não gostaria de ser eu, mas tem outros que sinto que "vale a pena" porque tenho coisas muito ricas em minha vida. Aí, vem outra coisa, que me traz de novo a vontade de não ser eu.

Não dá pra compreender o incompreensível. Principalmente se o incompreensível estiver dentro de vc mesmo. Não dá pra fugir de mim, das minhas eternas perguntas e preocupações, das coisas que penso, que sinto, que vejo e que sei. Das lembranças que não gostaria de ter, das coisas que não gostaria de saber, mas sei. Gostaria, às vezes, de guardar rancor, ter raiva de coisas e pessoas e vontade de nunca mais olhar na cara de algumas, mas ao mesmo tempo, acho que isso só me causaria um câncer no futuro, mas ao mesmo tempo que causa dores no momento.

Sei lá... confusa confusa... sempre, já é uma regra. Ser prática hoje é minha exceção, raríssima.

Enquanto estou na minha eterna procura por mim mesma e minha paz interior, procuro não pensar, e em toda essa incompreensão, confusão, sei que lá no fundo, procuro, apenas, SER compreendida.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Comendo, Rezando e Amando

Sempre fui meio preconceituosa com livros "de modinha", apesar de uma grande maioria que eu li, acabou virando modinha... Geralmente não leio, porque sei que mais tarde virará um filme - tosco - que acabará com a imagem do livro. Mas tudo bem, tirando essa "prostituição" da leitura, creio que pelo menos ficou muito mais acessível para todo mundo.

Bom, mas o foco não é este. Acontece que comecei a ler, depois de muita relutância em me deixar levar pela modinha, o livro "Comer, Rezar, Amar", de Elizabeth Gilbert. Muitas pessoas haviam me dito para ler este livro, e no dia que fui comprá-lo, acabei comprando outro e lendo primeiro aquele, que gostei, mas mesmo assim para não ler algo só porque todo mundo está lendo... - prolixa, prolixa...

Enfim. Estou surpreendida. Creio que fui eu quem escreveu este livro, no meu futuro, sei lá, e colocaram o nome de Elizabeth. A autora tem praticamente TUDO a ver comigo. As formas de pensar, de agir e até os mesmos anseios: viajar, falar italiano, conhecer a Itália - quem sabe também um italiano? - procurar um contato maior com Deus sem essa alienação através do que as igrejas em geral impõem.

Estou no meio ainda do livro, mas a cada página que viro, vou me encontrando mais. Não é um livro de auto-ajuda, muito menos uma biografia, mas é uma forma diferente de leitura. Ela coloca tudo o que ela passou e tudo o que ela busca de uma forma um tanto bem-humorada, que faz você pensar: "bem, não sou a única louca neste mundo".

Deixando-se levar pela modinha ou não, recomendo o livro. Algumas pessoas me disseram que não gostaram, mas me sinto praticamente Elizabeth: 10 anos mais nova, ainda solteira não divorciada, mas com os mesmos anseios e buscas.

"Dal centro della mia vita venne una grande fontana." - Dante Alighieri -
(pág. 48 - "Comer, Rezar, Amar")

domingo, 4 de julho de 2010

E sua condenação será: ser sincera demais.

Pode parecer estúpido e egocêntrico esse título, mas realmente, digo que tudo o que é demais não é bom.

Às vezes gostaria de ser mais sutil, mais superficial, mas não consigo. Não consigo viver na mentira, fazer de conta que não sei, que não vi, que não foi nada. Não consigo viver um faz de conta, uma quase verdade. Mas tem pessoas que sim. Que vivem assim e lutando contra todos os fatos e acontecimentos que levam pra vida real, porque essa vida real não é nenhum pouco confortável.

É sempre cheia de surpresas, geralmente desagradáveis, mas temos que saber ser fortes e buscar a verdadeira felicidade, que não se consegue através deste faz de conta. Crescer não é fácil, mas vale a pena. Saber o que é real, às vezes é dolorido, mas também vale a pena, pois só a realidade é um lugar seguro e confiável. Ela só tem uma face, diferente dos contos de fadas.

Hoje, ser sincera demais, é apenas uma conseqüência do meu auto-conhecimento e auto-entendimento. Hoje não preciso ser alguém que eu não sou só para agradar as pessoas e prendê-las do meu lado. Está do meu lado quem verdadeiramente me conhece e me gosta assim.

Pode soar arrogante e prepotente, mas hoje sou uma pessoa completa e só preciso de outras pessoas para me complementarem, pois somente assim serei continuadamente e verdadeiramente feliz.

Não troco essa sinceridade que, muitas vezes me condena, por um conto de fadas que jamais terá um final feliz.

sábado, 3 de julho de 2010

Eu te deixo ser. Deixa-me ser então.

Sou o que quero ser, porque possuo apenas uma vida e nela só tenho uma chance de fazer o que quero.
Tenho felicidade o bastante para fazê-la doce, dificuldades para fazê-la forte,
Tristeza para fazê-la humana e esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas,
elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.

-Clarice Lispector-