Gente

“Meu tipo preferido de gente é aquela que espirra engraçado, que ri com a mão na barriga, que canta e dança qualquer música. Aquele tipo de gente que tropeça e finge que tá correndo, que sai de pijama na rua, que acorda rindo. Gente que não planeja tudo. Gente que pede licença, que diz “obrigado”, que pede desculpas, que chora assistindo filme. Aquele tipo de gente que é muito sincera, mas sabe quando e como falar, aquele que conversa olhando nos olhos. Aquela gente que diz que te ama, que mexe no cabelo dos outros, que lê as coisas no elevador, que conta piada, que joga conversa fora, que te organiza uma festa surpresa, um almoço ou um jantar surpresa… Aquele tipo de gente que te faz sorrir, que te faz sentir importante, que se importa. Aquele tipo de gente que não tem vergonha de ser feliz. Gente que gosta de gente!”

Por que comigo?

Quantas vezes nos sentimos vítimas da vida por certos acontecimentos, perdas ou sofrimentos?

"Por que comigo?" - é o que falamos. A gente sofre, chora, perde peso, acha que aquilo durará pra sempre. Mas depois você descobre que a tempestade passa, que a poeira baixa, que a maré se acalma. Aí, podemos ver mais clara e racionalmente. Passamos a dar mais valor para certas coisas e evitar certos erros. Passamos a entender que, talvez, aquilo tenha sido melhor.

E é.

Depois que o tempo passa, o que te fez sofrer passa a ser um borrão no passado. Mas, graças àquele sofrimento, hoje você pode viver coisas novas. Mais valiosas. Com outro sabor. "Como me contentei com tão pouco?"... A pergunta muda e as respostas também.

E a vida passa ser mais gostosa. Graças a Deus aquilo aconteceu justamente comigo...

"What doesn't kill us, makes us stronger" - Nietzsche

F&F

E a vida muda...

E é assim... a vida muda, tudo movimenta, quando você viu, já passou, já é, já foi, já será, já esqueceu, já superou, já planejou, já curtiu, já mudou, já chegou, já irá, já anoiteceu e amanheceu, já acabou a nova novela e já começou outro capítulo. O novo já tá velho, o velho já foi renovado, o ano já mudou de digito, já é verão, já passou o carnaval, já chegou o inverno e o papai noel já está na chaminé. Aí, sua meta já foi conquistada e já substituída por outra. Quando você viu, você já superou, já chorou, já sorriu e já chorou mais uma vez. Já conheceu, já quer, já será, repetidas vezes. Já fez, já nasceu, já cresceu, já chegou lá, já se orgulhou.

E já já, é já, de novo.

Não é à toa...

Quem me vê agora não sabe pelo que passei.Quem me vê sorrindo, não sabe o quanto já chorei.Quem me vê feliz, não sabe como já me entristeci. Quem me vê festejando, não sabe o quanto já me resguardei em luto.Quem me vê conquistando, não sabe o quanto eu já lutei.

É muito fácil julgar alguém pelas aparências e falo por mim mesma. É tão simples apontar e dizer "é isso". Não saber de história, de passado, de sentimentos e cicatrizes que as pessoas carregam e levar apenas em consideração aquela imagem que você vê no momento não é digna de julgamentos. Nem nós mesmos, às vezes, conseguimos nos julgar. Quantas vezes somos tomados por aquele sentimento de "que merda que eu fiz" ou "quem sou eu?", quem dirá um terceiro. Quem dirá aquela pessoa que mal te conhece, que só vê ou ouviu falar?

Hoje, sinto que colho tudo aquilo que plantei no passado. Meu jardim floresceu, minhas frutas amadureceram (algumas ainda estão meio verdinhas...), mas as que consegui colher estão doces e me fazem muito feliz. Tenho a cesta cheia. Cheia de amor, de compreensão, de segurança e carinho. Saber que, ter sujado as mãos com terra, ter me machucado com espinhos das plantas, ter cortado as mãos (e maltratado o coração) ao arrancar ervas daninhas foram tudo parte do meu próprio crescimento e posso hoje dizer, ao olhar meu jardim florido e minhas árvores carregadas, que valeu muito mais que a pena e, como eu sempre disse, tinha certeza que não seria à toa.

Felicidade não se ganha, se conquista.